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quinta-feira, 18 de março de 2010

Soito (Alguns dados do século XVII)

Soito - Alguns dados do século XVII
Segundo os livros de assentos onde os registos de casamentos foram lavrados desde 1623 até 1690, aconteceram no Soito 326 casamentos, número do qual resulta uma média de cerca de 5 casamentos por ano.
Os anos em que aconteceram mais matrimónios foram o de 1648 com 12 e os de 1688 e 1690 com 11 cada, 1625 e 1685 quedaram-se pelos 10 cada um.
Os casamentos, com ou sem bênçãos matrimoniais, eram celebrados principalmente ao Domingo estando presente a maior parte do povo e os “Juízes do povo” que serviam como testemunhas.
Em 1625 eram juízes do povo: António Gomes, Domingos Antunes e Belchior Alvez o Necho, em 1630 faziam parte da nova comissão de juízes, Francisco Nunes, Domingos Gonçalvez, ferreiro e o mesmo Belchior Alvez que vinha da anterior.
Em 1631 as testemunhas eram António Gomes e seu filho Domingos Gomes, (clérigo de epistola) que seria Cura do Soito entre 1635 e 1638, Domingos Lourenço e António Nabais, juízes da nova comissão e Belchior Alvez.
A referência à identificação dos pais dos nubentes só aparece em 1650 e como testemunhas mais tarde chamadas padrinhos, em todo este espaço histórico, só podiam ser os homens muito embora as mulheres viessem já a ser madrinhas de baptismo desde tempos anteriores.
Quanto a baptismos foram realizados 983 entre 1631 e 1690 e ainda que haja anos em falta por deterioração dos livros, a média de 16 por ano é já um bom índice do movimento e da população deste povo.
De 8 de Abril de 1664, (tempo áureo do capitão Tolda) chega-nos o seguinte registo de casamento: … recebi a Francisco Gonçalves filho de Anna Gonçalves e a Maria Gonçalves, forão padrinhos digo testemunhas o Tenente Fortes, o Tenente Francisco Gonçalves e o Capitão Diogo Martins Amaral.
Lembramos ainda um outro registo de casamento: Aos dois dias de mês de Agosto de mil seis centos e outenta annos recebeo em face de igreja o Reverendo Domingos de Faria vigário deste lugar a Balthazar da Costa Pachequo filho de António Costa Pachequo e de sua molher Silia Craveira naturais da Villa de Linhares Bispado de Coimbra com Dona Lianor filha de Diogo Martins de Amaral e de sua molher Dona Maria Martins naturais deste Lugar do Souto foram testemunhas Francisco Luís e Domingos Vaz e António Martins todos moradores deste Lugar de Souto por ser verdade assino Domingos Mansso.
Dona Leonor foi baptizada em 1656:
Aos vinte e sete dias do mês de Julho deste presente anno de mil seis centos e cincoenta e seis eu opadre Domingos de faria cura deste Lugar de Souto Baptizei a Leonor filha do Tenente Diogo Martins e de sua molher Maria Martins, forão padrinhos o Reverendo de Quadrazais João Antunes e Maria de Amaral irmã do Tenente pay da baptizada e por verdade assiney…
Foi o primeiro baptizado que este Padre efectuou no Soito.
O Capitão “Tolda” à época ainda Tenente, tinha pelo menos dois irmãos: esta Maria de Amaral e Affonso Martins de Amaral, ela casou em 7 de Maio de 1657 com João Esteves tendo por testemunhas o Padre Domingos e Diogo Martins de Amaral seu irmão todos deste Lugar do Souto e ele, Affonso, casou no dia 6 de Janeiro de 1659 com Catharina Moreira que veio do Lugar da Mouta.
Entre outros possíveis, houve neste século alguns padres naturais do Soito, entre eles contam-se António Vaz, Domingos Gomes, Domingos Manso e Francisco Martins.
Jan. 2006

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