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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Carlos Carrilho Quinteiro

Carlos Carrilho: um nome de vulto, no Soito, em princípios do século XX.








No assento de baptismo celebrado padre Manuel Nunes Garcia, seu primo em segundo grau, no dia 16 de Março de 1879, consta que “Carrelos” nasceu às três horas da tarde do dia 12 do mesmo mês.

Parentesco até ao 6º. Grau:

1º. Filho de Narciso Carrilho Quinteiro e de Maria Garcia de Carvalho, casados no dia 4 de Fevereiro de 1875) ela filha de José Garcia de Carvalho e de Maria Rosa Nunes.

2º. Neto paterno de José Carrilho Quinteiro e de Felismina Nunes do Gabriel, (casados no dia 28 de Agosto de 1843) ela filha de Paulo Nunes do Gabriel e de Luísa de Oliveira.

3º. Bisneto de:- Manuel Carrilho Quinteiro e de Luísa Martins, (Antão) casados em 15 de Janeiro de 1817. Ela filha de José Martins Antão e de Luísa Nunes.

4º. Trineto de Manoel Carrilho, que casou no dia 19 de Outubro de 1767, com Luísa Gonçalves Quinteira, filha de Manoel Gonçalves Quinteiro e de Maria Afonso.

5º. “Quadrineto” de Luís Carrilho, viúvo de Maria Dias e de Isabel Nabais casados no dia 12 de Maio de 1731. Ela filha de Domingos Carvalho e de Isabel Nabais.

6º. Pentaneto de Luís Carrilho, natural da vila de Alfaiates, filho de Miguel Carrilho, já defunto e de Sebastiana Gonçalves, moradores na vila de Alfaiates, casado em 1 de Maio de 1689 com Anna Gonçalves, filha de Manuel Gonçalves Lucas e de Isabel Gonçalves, já defunta, deste lugar do Soutto.

Era irmão de João Maria Carrilho, que casou com Luísa Felismina Carrilho e de Felismina dos Prazeres Carrilho que casou com João Baptista Carrilho.

Fez exame de Instrução Primária no dia 8 de Agosto de 1889, com 10 anos, constando como Carlos Carrilho Quinteiro Garcia, e casou em 1912, em Roriz (Santo Tirso) com Amelia Miranda dos Prazeres Barbosa Carrilho. Construiu uma linha telefónica entre o Soito e Vale de Espinho, localidade onde o pai tinha uma fábrica de cobertores, industria que no Soito remontava já a antes de 1758, conforme diz o Padre Hipólito Tavares, e que teria certamente feito evoluir, não fora a guerra que lhe arruinou a saúde e alterou os grandes projectos que tinha já em realização. Foi concessionário do fornecimento de luz eléctrica ao Sabugal em 1912, (Foi, nesse ano, padrinho, com sua mulher Amélia Miranda dos Prazeres Barbosa Carrilho, natural de Roriz, Santo Tirso, esta “representada pela sua bastante procuradora D. Felismina dos Prazeres Carrilho”, de sua sobrinha Amélia Arminda dos Prazeres Carrilho, filha de seu irmão João Maria Carrilho e de Luísa Felismina Carrilho, nascida em Vale de Espinho e baptizada no dia 4 de Dezembro do mesmo ano, pessoas que para além de outros familiares trabalhavam na referida fábrica. Ainda que alguém tenha escrito ter sido ele o fundador da fábrica é a seu pai, Narciso Carrilho, “Industrial do Soito” que a Câmara paga em 1909 e 1911 37.555 e 40.000 reis sobre respectivamente 56, 90 Kilogramas de lã em cobertores, para as forças militares estacionadas na vila e para os presos da Cadeia. (Contas de 1909 e 1911 do Arquivo Municipal)

Foi oficial do Exército, passando por Alferes (oficial da Administração Militar) no 3º.Batalhão de Infantaria 6, em Penamacor e Tenente e Capitão, na Covilhã . Participou na Primeira Grande Guerra, para onde embarcou no dia 17 de Agosto de 1917 integrado no 1º. Corpo Expedicionário Português, tendo sido tesoureiro da segunda Brigada de Intervenção, e de onde veio em Maio de 1818 para convalescença de uma doença.. Foi condecorado com a medalha comemorativa da campanha em França (O. S. do Quartel General 1, nº. 424 de 1 de Março de 1919.

Foi arrendatário de terrenos da Santa Casa da Misericórdia, conforme se pode ver no mapa de cobranças de 1922/23, terrenos que em 1939 passaram para seu cunhado João Baptista Carrilho.

Fontes: (Foto e alguns dados gentilmente cedidos pelo saudoso Major Carrilho (Fernando Octávio), Arquivo Municipal do Sabugal, Arquivo Distrital da Guarda, Arquivo Paroquial do Soito e Aquivo Histórico Militar)

ticarlos@sapo.pt