Cemitério
O Cemitério do Soito é de construção imediatamente anterior a 1838, pois que data de 5 de Fevereiro desse ano o registo do primeiro funeral ali realizado.
Embora um Decreto de 28 de Setembro de 1844 proibisse os enterros nas igrejas e o Soito já tivesse o seu cemitério, a verdade é que alguns corpos continuaram a ser sepultados na igreja e capelas até finais de 1858.
É de presumir que aquando da sua construção não tivesse sido levado em conta o nível populacional do Soito e que por insuficiência de espaço tivesse que ser acrescentado passados pouco mais de 30 anos segundo o que nos dá conta o Provedor Reverendo Bernardo Garcia de Carvalho nas contas de 1869 e em cujas obras a Misericórdia despendeu 11.200 reis
Aos 30 dias do mês de Junho do ano de 1901 é feito o auto de arrematação das obras de caiador no cemitério do Soito, arrematado por Manuel Nunes Pissarra, do Sabugal tendo como fiador Lucas Gonçalves Baltazar também do Sabugal: “rebocar paredes por dentro e por fora com cal preta e branca.” O valor da arrematação foi de 59.990 reis.
No dia 2 de Setembro de 1901 é pago a Manuel Dias Pissarra a quantia de metade da obra do cemitério do Soito e Quadrazais no valor de 54.980 reis.
Em 23 de Dezembro do mesmo ano, é paga ao mesmo arrematante, a segunda prestação, após a conclusão das obras, no valor de 29.980 reis.
Em 6 de Maio de 1933 é pago ao Eng. Carlos Amaral Neto o projecto para ampliação do Cemitério.
É atribuído à Junta um subsídio de 31.364$00 para alargamento do cemitério, (acta de 1 de Junho de 1934) sendo a adjudicação feita por 17.000$00 a Joaquim Manuel Nunes, desta freguesia no dia 12 de Agosto do mesmo ano, “sendo o serviço braçal por conta da Junta, bem como a cal, a água e o barro que sejam precisos.”
Foi nesta altura que a capela da Misericórdia teria sido transferida para a actual localização.
Em 1973 e porque os muros rebocados a cal se encontravam já em mau estado, foram de novo rebocados por dentro e por fora.
Em 1977 o cemitério foi de novo alargado, desde o alinhamento da actual capela até ao muro que o divide do Largo das Eiras.
Em 2003, os muros sofreram novas melhorias, tais como reparações e nova pintura.
Não pretendo escrever a história do Soito, mas tão só dar a conhecer factos ignorados do seu passado e, transmitir a verdade que os arquivos empoeirados do tempo me emprestaram.
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