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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Frequencia escolar e Professores

Frequência Escolar e Professores

Em 1890 o Professor António José Nunes tinha 34 alunos e a professora Josefa Dias da Anunciação; 46.
A instrução, a nível concelhio, encontrava-se numa fase incipiente mas evolutiva e a cada ano que passava aumentavam os alunos a exame, assim: em 1882 apenas completaram o curso elementar de instrução 9 alunos, em 1883; 3, em 1884; 2, em 1885; 14, em 1886; 19, em 1887; 28, em 1888; 26 e dois eram do Soito; em 1889; 50, dos quais dois eram do Soito; Carlos Carrilho Quinteiro Garcia, filho de Narciso Carrilho Quinteiro e João José da Fonseca Garcia filho de Manuel António da Fonseca, que foram a exame em 8 de Agosto, ambos com 10 anos de idade, e em 1890 houve 62 em todo o concelho, sendo do Soito dois irmãos; José Faustino e Joaquim Faustino, um de 13 outro de 11 anos, filhos de António Faustino.
No ano de 1866, aquando da Inspecção militar apenas 1 mancebo era estudante; Manuel filho de José Nunes do Gabriel e Maria Garcia e em 1875 também apenas um: António filho de Hilário Lourenço e de Luísa Carrilho.
No ano de 1892 apenas 25 alunos completaram o ensino primário entre eles 5 de Vale de Espinho, 3 de Vila do Touro, 1 do Soito, 1 de Quadrazais e 1 de Alfaiates.
Em 9 de Abril de 1893, a Câmara mandou pagar a Manuel Gomes Quicho a importância de 9.000 reis pela renda de uma casa para exercícios escolares e em 29 de Dezembro do mesmo ano pagou a António José Nunes (professor) 8.000 reis pela renda de uma casa da escola do sexo masculino relativos ao ano de 1893.
Por volta do ano de 1900 a Câmara inscrevia uma verba no valor de cerca de 15% do orçamento destinada à Instrução.
Em 19 de Junho de 1912 eram professores no Soito; Felicidade de Jesus Afonso Jorge Simões e José Augusto Nunes.
Aos onze dias do mês de Outubro de 1915 toma posse como professora da escola masculina do Soito a professora Maria da Graça da Costa e Pina, natural de Vila do Touro, depois de ter exercido em Alfaiates desde 26 de Agosto de 1914.
Nesta data havia duas escolas, uma feminina outra masculina a funcionar uma no actual edifício da Junta, outra nas casas que hoje pertencem ao Sr. João Augusto Pina Rito.
Em 6 de Agosto de 1917 e por imposição do Inspector Escolar, os alunos do sexo masculino que eram em maior numero e numa sala mais pequena foram transferidos para a feminina que era maior e com menor número de alunas, era então professora da escola feminina a professora Felicidade de Jesus Afonso Jorge Simões
Em 22 de Maio de 1918, Luís Ferreira Pires, professor diplomado pela Escola Normal da Guarda com a classificação de dezanove valores, foi nomeado para a regência interina da escola do sexo masculino da freguesia do Soito, tomando posse em 4 de Junho do mesmo ano.
Um ofício da professora da escola masculina lido na sessão da Câmara de 27 de Fevereiro de 1918 “pede a criação de um segundo lugar para a sua escola vista a enorme frequência da mesma, a Comissão deliberou organizar o competente processo.”

Está registado em acta da sessão de 17 de Abril de 1918 que a Junta da Paróquia do Soito informou encontrar-se pronto e mobilado o edifício para a escola masculina e pede seja dada essa informação ao Sr. Inspector. A Comissão administrativa resolve oficiar ao Sr. Inspector.
A professora Maria da Graça Costa e Pina, a exercer no Soito, foi a 18 de Maio de 1918, nomeada para a segunda escola feminina do Sabugal e, face a esta possível transferência, pediu a prorrogação do prazo visto ter 14 alunos para próximo exame do segundo grau e 7 para o primeiro grau, no entanto foi decidido em 22 de Maio não conceder essa prorrogação.

Em sessão ordinária de 3 de Julho de 1918 a Comissão Administrativa deliberou não autorizar a troca de professores da escola masculina do Soito com o seu colega de igual escola da freguesia de Almedina por estar informada de que este é um inválido.
Em 13 de Agosto de 1922 a Junta de Freguesia oficiou ao Inspector do círculo escolar do Concelho, autorizando-o a comprar todos os utensílios necessários à criação dos segundos lugares de professor e em 23 de Maio de 1926 informa que se encontra criado o 2º lugar de professor e que a casa se encontra pronta assim como a mobília.
Em 22 de Maio de 1932 e em virtude de haver dois professores na mesma sala, a Junta decidiu arrendar uma sala a João Martins Nicolau, na Rua dos Lameiros, por 250$00 anuais, a começar já em Junho sendo porém a Câmara a pagar a renda, situação que ainda acontecia em 1942 (acta de 21 de Março e cujo valor ascendia a 600$00 anuais)
Na acta da sessão de Junta de 12 de Junho de 1932 é referido que foram criados mais dois lugares de professor nas escolas do Soito, um masculino, outro feminino, o que levou esta Junta a abrir concurso, em 30 de Julho de 1933, para portas e caixilhos das janelas do 4º lugar e porta para a mesma escola, bem como a porta da escola do 2º lugar feminino, trabalho esse arrematado pelo melhor preço: 365$00 a Domingos Dias.
Em 1940 sabiam ler apenas 30% dos habitantes do Soito dos quais 52% eram homens e 48% mulheres. (a média concelhia era 59% para os “varões” e 41% para as “fêmeas” o que deixa pressupor já um quase equilíbrio educativo que só era ultrapassado pela Cerdeira e por razões óbvias, tinha colégio interno.)
A Câmara, em 8 de Fevereiro de 1941 propõe a construção de escolas no Concelho entre as quais se encontravam as do Soito e de Quadrazais com duas salas cada.
Um Decreto de 29 de Julho de 1941, estabelece o plano de construção de 19 escolas primárias no concelho do sabugal sendo fixado um prazo de 10 anos para a sua conclusão.
Ainda sobre o ensino, em 1941 o Decreto 31.433 estabelece a separação dos sexos no ensino particular podendo o mesmo estabelecimento ministrar aos dois sexos desde que possua instalações que permitam o funcionamento das duas secções completamente separadas.
Em 2 de Fevereiro de 1943 é criado o 4º lugar de professor para a escola do sexo feminino do Soito onde há 176 crianças recenseadas e tendo a Câmara assumido o compromisso de fornecer a mobília e todo o material didáctico, quanto à casa diz que nada pode fazer, visto que a casa que havia sido oferecida foi utilizada para a Casa do Povo.
As aulas iniciaram-se no actual edifício das escolas, embora incompleto, em 1949, tendo a água sido canalizada para as instalações em Setembro desse ano.
A elaboração do projecto para as escolas de Soito, Bendada, Foios e Vila Boa foi decidida em sessão de 15 de Janeiro de 1952
Durante os anos de 1952/53 e 54 a Câmara comparticipou na construção das escolas do Soito, Alfaiates, Vale de Espinho, Quarta Feira e Rebolosa.
No orçamento para 1953 a comparticipação do Município prevista para as escolas de Alfaiates, Souto, Vale de Espinho, Quarta Feira e Rebolosa foi de 58.655$00 e no segundo orçamento para o mesmo ano a verba sobe a 62.118$40
Em 1975, devido a obras de reparação nas escolas, foi decidido transferir as aulas para o salão paroquial onde acabaram por ficar durante quase sete anos até Dezembro de 1981.

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